O IMPACTO DAS RESTRIÇÕES FINANCEIRAS NA PRÁTICA DO CONSERVADORISMO CONTÁBIL: UM ESTUDO DE 2012 A 2016
DOI:
https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2019v20n1t02Resumo
O conservadorismo condicional é o reconhecimento, nas informações contábeis, das más notícias mais rapidamente do que o reconhecimento das boas notícias. Ele atua no combate a possíveis atitudes oportunistas do gestor, reduz o custo de monitoramento das partes interessadas e leva a empresa a reconhecer, de forma antecipada, possíveis perdas. Por outro lado, quando uma empresa pratica o conservadorismo, ela gera diferença de retorno futuro e consequentemente ganhos de menor qualidade ou menos sustentáveis. Por conta disso, o conservadorismo seria, em longo prazo, prejudicial à obtenção de recursos de fontes externas. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da situação de restrição financeira na prática do conservadorismo condicional. Adicionalmente ao objetivo principal, o modelo empírico adotado permitiu a constatação do conservadorismo nas empresas não restritas financeiramente. A amostra foi composta de empresas listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), no período de 2012 a 2016. O modelo empírico utilizado foi o de Ball e Shivakumar (2005), que usa a variação do lucro como proxy e identifica o grau de conservadorismo por meio de ganhos e perdas nos resultados contábeis. A estimação estatística foi realizada através de Mínimos Quadrados Generalizáveis Factíveis (FGLS). Como resultado, encontraram-se indícios que apoiam a conclusão de que o conservadorismo condicional pode ser encontrado nas empresas em geral, sendo estatisticamente menor a probabilidade de encontrá-lo nas empresas com restrição financeira.
Palavras-chave: Conservadorismo Condicional, Conservadorismo, Restrição Financeira.
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- 2020-12-16 (2)
- 2019-05-31 (1)
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